terça-feira, 10 de agosto de 2010

La Linda Salta, mesmo com neve, surpreende

Quando alcançamos o norte argentino uma nova América Latina revela-se. Aqui costumes e aparência nativa Inca estão na grande parte dos moradores. Turistas, geralmente mochileiros em trânsito ou argentinos do sul em busca de cavalgadas pelas ¨quebradas¨, nome usado na região para formações parecidas com canions. Tudo é cacto, areia, terra vermelha, e céu azul, mesmo quando os termômetros estão abaixo de zero. As vezes neva, mas fica tranquilo porque demorou 10 anos para que isso acontecesse de novo, e foi bem no dia do nosso passeio.

Salta é a cidade com melhores opções em hostels, há inúmeros, com qualidade e preços entre sete e 10 dólares. As atrações não são muitas, mas os mochileiros param porque a localização é perfeita para um bom descanso, necessário, entre Bolívia e Argentina.

Ainda assim, só o interessante MAAM, Museo de Arqueologia de Alta Montaña,já vale pela parada. Lá estão expostas as múmias dos ¨Niños de Llullaillaco¨. São três corpos de crianças encontradas em 1999 no topo da montanha de mesmo nome. Acredita-se que foram vítimas do ritual Inca ¨La Capacocha¨, em que crianças da alta sociedade eram ofertadas à mãe natureza, ¨Pacha Mama¨. A preparação começava na antiga capital Inca, Cuzco, e uma peregrinação seguia até diferentes montanhas da cordilheira, onde as crianças eram enterradas ainda com vida. Era uma honra para a família ter uma criança escolhida, e para a sociedade, garantia de boas estações.

Para visitar os atrativos naturais é preciso uma agência ou alugar um carro, uma vez que são todos fora de Salta e não há transporte público. Fizemos o passeio até Cafayate que inclui parada na ¨Garganta del Diablo e Anfiteatro Natural¨, com visita no final do dia, a duas víniculas que produzem vinho da cepa Torrontés, típica da região. O frio atrapalhou um pouco a primeira parte do passeio, por conta da neve, mas chegando à Cafayate o céu abriu.

Os passeio pela região incluem inúmeras quebradas, como a de Humauaca, em Tilcara, ou ainda Salares Grandes, mini réplica do salar em Uyuni, Bolívia. Depois do passeio por Cafayate confesso que já estava cansada de ver cactos e terra vermelha que lembra muito a região onde cresci no norte do Paraná, e o interesse pela região foi diminuindo na mesma proporção em que a temperatura despencava. Tentamos visitar Humauaca, mas os -10 graus da noite anterior desanimou a todos. Salta, que em ¨quechua¨, idioma Inca, significa La linda, vai continuar a mesma, então fica para a próxima.

sábado, 31 de julho de 2010

Santiago, rica em atrativos o ano todo

Há uma disputa entre algumas cidades Sul Americanas para saber qual é a mais européia de todas. Pelo o que sempre pensei Buenos Aires seria nomeada sem sombra de dúvidas a campeã. Incrível como nossa opinião muda quando as informações que temos de um lugar são vividas, e não só através do que outros dizem. Depois de conhecer Santiago, Chile, estou certa de que há pelos menos um empate nesta disputa.

Tudo bem que a atmosfera de Santiago está mais para São Paulo do que para Paris. A cidade é rodeada pela Cordilheira dos Andes que bloqueia a troca de ar. Todos os dias forma-se uma cortina de fumaça, muito parecida com a da capital paulista no fim de tarde. Mesmo em dia ensolarado é quase impossível uma foto com céu azul em Santiago.

Tirando isso, a cidade é extremamente européia. Começando pelas contruções, principalmente no Barrio Bella Vista, a forte imigração de alemães e suíços, representada pelos inúmeros cafés e restaurante que levam Haus, Bahn ou Strasse nos nomes, além de ruas limpas.
Santiago não tem muitas atrações, mas seu mixto de capital e vilarejo, que vai aumentando quando mais se caminha para os bairros, conquista e convence os turistas a ficarem mais e mais. Nós não resistimos e extendemos nossa estadia de uma semana por 10 dias.

No inverno, temporada preferida dos brasileiros,as estações de ski, menos de uma hora da capital, atraem ainda mais turistas. Além da facilidade de vôos, optar por uma estação próxima da Santiago facilita na escolha de hospedajens com preços menos salgados que no sul do país, onde o valor da diária chegam ao triplo do preço. Inverno é o tempo dos brasileiros, mas não sei o que eles estão esperando para invadir não só Santiago, como to o Chile, no verão. Além de praia, de àgua gelada, confesso, as vinículas de uva Merlot, especialidade chilena, estão cheias de atrativos, incluindo uma temporada de trabalho na colheita, aprendendo tudo sobre os vinhos mais nobres da América do Sul.
De norte a sul, em qualquer época do ano Chile tem tudo para agradar turistas.

Sorry , Sorry, Sorry

Por mais de um mês nada foi publicado por aqui. O motivo foi uma volta inesperada ao Brasil de três semanas, e depois de reiniciada a viagem, quase duas semana de internet precária, falta de eletricidade e até mesmo água.
Pois é, estamos na Bolívia, o país mais pobre da América Latina. Mas não é isso que vai impedir o Blog de ser atualizado, a final, sinto que agora é que a viagem realmente começou, com problemas, atrasos, medo de infecção por bactérias, estradas precárias, banhos frios, mas acima de tudo, uma paisagem única, um povo extremamente simples, um céu sempre azul...Eu estou amando a Bolívia.
E só para constar, três semana no Brasil deu para matar saudade da feijoada.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Cuidado com a Palta!!

Palta, fruta rica em vitaminas A, C, E e B6, tem mais proteínas que qualquer outra fruta, ferro, magnésio, potássio, sais minerais e age como poderoso antioxidante. Beneficia as artérias, reduz o mau colesterol e dilata os vasos sanguíneos, que entupidos podem causar infarto, e ainda possui a capacidade de bloquear agentes cancerígenos. Seu único ponto fraco é o alto teor calórico.
Opção do menu de um fast food chinelo, frango, tomate e palta.

Ah, esqueci de dizer que no Brasil palta é conhecido como abacate, e normalmente comemos com açúcar e limão ou batido com leite. Achava que só encontraria a palta servida com outros pratos no Peru ou México, no último caso, temperado e servido como guacamole. A surpresa foi quando na primeira noite no Chile pedi uma salada e metade do prato era palta fatiada, e no sandwich Italiano do Michael veio além de
carne e tomate, purê de palta.

Definitivamente aqui só levaram em conta os fatores positivos da fruta, uma vez que todos os pratos, absolutamente todos, podem ter uma colaboração do ingrediente. Cachorro quente, empanadas, sopa, pizza, neim mesmo os hamburguers do Burguer King escapam, porque a fruta também está no menu deles. Por isso, quando vier ao Chile e ver Palta como ingrediente do prato, pense duas vezes, porque o que eles servem não é um pedaço, mas um abacate inteiro.
Propagando de um dos lanches do Burger King:hamburguer, tomate,maionese, e claro, toda essa camada verde, palta.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A música argentina no melhor estilo social.

Raúl Alberto Antonio Gieco, popularmente conhecido como Leon Gieco é um dos representantes do rock folclórico de maior expressão na música argentina. Com mais de 50 anos de carreira, já teve suas canções comparadas às de Bob Dylan, e com certeza ele agradaria muitos fãs do cantor norte americano, mas também de brasileiros fãs de artistas como Zé Ramalho.

Leon Gieco trabalha uma mistura de gêneros que impede sua classificação como rock ou folk e tem como principal tema questões sociais. Foi perseguido pela ditadura argentina o que o obrigou a refugiar-se nos Estados Unidos. Entre os temas mais famosos estão ¨Hombres de Hierro¨, ¨En el país de la Libertad¨, ¨De Ushuaia a la Quiaca¨, ¨Santa Terejina¨, sobre uma adolescente condenada a prisão por abortar seu bebê fruto de um estupro, e ¨El ángel de la bicicleta¨ que narra a história do assassinato de Claudio ¨Pocho¨Leprati.

Em 19 de dezembro de 2001 em decorrer da crise que atingia o país com a queda do presidente Fernando de La Rúa, a polícia tentava conter protestos em Rosário e atirou fogo contra uma escola, Pocho subiu no muro e gritou “¡Hijos de puta, no tiren que hay pibes comiendo!” , (Filhos da p***, não atirem porque aqui há crianças comendo!). Ele foi alvejado por um dos policiais.

Vimos sua apresentação na comemoração do Bicentenário e me apaixonei pelo seu trabalho. Ele é realmente muito popular na Argentina, e foi a principal atração na noite de celebração da música latina, recepcionando artistas de outros países. Tocou também com o grupo Mundo Alas, formado por artistas com algum tipo de deficiência, e que recebe o apoio de Leon Gieco. Por todo o talento e dedicação a causas sociais, vale a pena escutar seu trabalho e conhecer sua história. Leon Gieco com artista do Mundo Alas

Página oficial

http://www.leongieco.com/

Mundo Alas

http://www.mundoalas.com.ar

domingo, 13 de junho de 2010

Posso escrever os versos mais tristes...

Hoje visitamos um dos museus em homenagem a Pablo Neruda aqui no Chile. Ele morou em três casas, uma na capital, apelidada de ¨La Chascona¨que era usada para encontros românticos com sua amante Matilde. Há também as casas em Isla Negra e Valparaíso onde viveu com sua terceira esposa. Além de poeta, Pablo Neruda foi político de grande expressão no país , representando o Chile como dilomata na Birmânia.

Pablo Neruda é um dos meus poetas preferidos e visitar sua casa me lembra muito o tempo de ¨colégio¨quando eu e minha amiga Camila adorávamos sua obra. Um pouco de Pablo Neruda para vocês...

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".

O vento da noite gira no céu e canta.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me
amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.

Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.

Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.

Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.

Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.

Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.


A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.
Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.

De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.

É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.

Porque em noites como esta tive-a em meus braços,
a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.

Pablo Neruda

sábado, 12 de junho de 2010

Não é dia dos namorados no Chile, e eu acho isso ótimo.

No Chile o dia dos namorados é comemorado como na maioria dos países, no mesmo dia de São Valentin, então só lembrei da data quando já era tarde. Para ser honesta, é bom quando não há uma obrigação de escolher um presente, sair para jantar e ter uma noite româtica só porque o comércio diz que isso é o que você tem que fazer. Para tudo isso não é preciso uma data, não é mesmo? E como na Suiça o dia também é comemorado em 14 de Fevereiro, a data não faz sentido para mim neste ano.
Pedra Lapiz Lazuli


Mesmo assim pensei em alguma sugestão de presente aqui da região. Ainda não estou morrendo de frio a ponto de me render ao ¨poncho¨típico do Chile e como a maioria das mulheres tenho um apreço por pedras, escolheria algum objeto feito com a pedra chilena, Lápiz Lazuli.


Com um azul profundo, a pedra semipreciosa é matéria prima para jóias caras quando não apresenta ¨defeitos¨causados por outros materiais como pirita ou calcita. É encontrada também no Afeganistão, Estados Unidos, Egito e Canadá. No Chile, segundo maior explorador, é uma das principais fontes de renda dos moradores de Ovalle, capital da província de Limarí, 421km de Santiago.




A maior p
arte das peças encontradas no mercado popular aqui de Santiago levam apenas o nome Lapiz Lazuli pois são nada mais do que Jasper, pedra Alemã de pouco valor, colorida artificialmente de azul.








A cor é tão fascin
ante que ficaria satisfeita até mesmo com a cópia, mas peças verdadeiras são encontradas em tamanhos menores pelo valor aproximado de 50 dólares.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O Tibet fica na Argentina: Uspallata e suas belas montanhas.

Uspallata é um vilarejo duas horas de Mendoza, quase na divisa com o Chile, de nome totalmente desconhecido para mim até essa semana. Mas sua bela paisagem já foi vista por milhares de pessoas pelo mundo, mesmo sem receber a fama, quando suas montanhas foram cenário para o filme ¨Sete anos no Tibet¨ (1997) estrelado por Brad Pitt. Mas engana-se quem pensa que em todos os lugares só se fala de sua participação em Hollywood, pelo contrário, a única lembrança do filme são algumas fotos dos atores espalhados pelos restaurantes e bares da única avenida da vila. Ao lado estrada em Uspallata


Uspallata tem muito mais atrativos. Além de rotas para serem exploradas a pé saindo do centro do povoado, como a Via Crucis ou a Montanha das Sete Cores, partindo do terminal central há ônibus para a Puente del Incas, formação rochosa que deu origem a uma passagem natural sobre o rio Las Cuevas, caminho usado por Incas e militantes de San Martín na travessia dos Andes. Partindo da Puento del Inca uma caminhada de 4km cheia de descobertas leva ao Parque Provincial Aconcagua. Com mais uma hora de caminhada pela rota do parque é possível alcançar a base da montanha mais alta fora do Himalaia, e admirar seus 6.962 metros de altura. Via Crucis em Uspallata.

O único hostel da região é o Hostel International Uspallata, além disso há hotéis, pousadas e hotéis de luxo. O hostel tem acomodação simples e nem sempre banho quente, mas os donos são incrivelmente amáveis. Não é preciso reserva para o inverno, uma vez que a montanha fecha quando há muita neve e os alpinistas não aparecem. No verão é a única opção barata para mochileiros, é preciso reserva.


Saindo de Mendoza a passagem será para Uspallata mas peça ao motorista que pare no Hostel, cerca de 3km do centro do povoado. Eles estão acostumados e sabem do que você está falando. O mesmo para quem vem de Santiago, após passar pelo terminal de Uspallata avise que vai descer no Hostel, ou sua próxima parada será em Mendoza.



Hostel Uspallata

http://www.hosteluspallata.com.ar/


Atrações em Aconcagua

http://www.aconcagua.mendoza.gov.ar/

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Malbec, o melhor representante do vinho argentino

O nome, que siginifica mal a boca, e a origem são francesas, mas foi na Argentina que a uva rejeitada pela Europa encontrou sólo e mercado fértil. Hoje o vinho Malbec corresponde a mais de 70% da produção argentina, cerca de 10 mil hectares, e colocou o país no quinto lugar do ranking de maiores produtores do mundo, primeiro lugar na América do Sul.
Ao lado vinhedo em Mendoza.

A uva malbec veio para a região de Mendoza com os primeiros imigrantes franceses ainda no século XIX . Apesar da adaptação perfeita, por mais de 200 anos a produção foi amadora, muito vinho com pouca qualidade. Apenas na década de 90 a Argentina, assim como outros países do ¨novo mundo do vinho¨ como Brasil, Chile, Suíça, E.U.A., Austrália e África do Sul , decidiram que pa
ra competir com o ¨velho mundo¨ formado por Itália, França, Espanha e Portugal, era preciso uma mudança radical na produção.

O vinho do ¨novo mundo¨ era para ser degustado jovem. As mudanças têm como objetivo alcançar uma produção de vinhos nobres, para serem degustados com 15 a 20 anos de idade. Ainda assim é preciso esperar alguns anos para saber se os vinhos produzidos há uma década na Argentina terão a mesma qualidade dos produzidos há séculos na Europa. Mas uma coisa é certa, as mudanças no cuidado com a produção já alcançaram resultados com vinhos mais jovens como o ¨Cadus Malbec 1999¨, ¨Catena Zapata 1997¨ ou o ¨Ferrer Malbec 2003¨, que figuram entre os melhores vinhos do mundo.

*Todas as informações foram passadas em uma degustação ¨grátis¨no Hostel Empedrado, em Mendoza.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Todo mundo ama o Mr. Hugo: visita às vinículas de Mendoza.

Os passeios pelas vinículas de Mendoza são geralmente feitos de duas formas: contratando o serviço de uma agência de turismo oferecido em todos os hostels ou hotels, ou alugando uma bicicleta, já na região da vinículas, cerca de 30 minutos da cidade com transporte público. Ao lado vinívula La Rural onde também está o Museo do Vinho.

Na primeira opção visita-se geralmente duas vinículas,
alguns passeios têm almoço incluído. Os preços são no mínimo 50 pesos por pessoa, com duração de 4 horas o tour. Caso prefira a segunda opção, o destino mais perto de Mendoza é Maipú, onde várias agências oferecem o aluguel das bikes. Não há um guia, cada pessoa escolhe o que prefere visitar, cerca de 15 vinículas estão preparadas para receber turistas, e algumas além do vinho produz licores e azeite de oliva.

Optamos pelo passeio de bicicleta e chegar cedo é fundamental. As vinículas estão espalhadas por
uma área de 14km, distância relativamente fácil quando não se para a cada 2km para provar um vinho ou quando há pista exclusiva para ciclistas, o que não acontece por aqui. Apenas uma parte da avenida esta preparada para o turismo feito de bike. Na maior parte, fomos pelo acostamento de pedra fugindo dos caminhões. Fiquei imaginando como deve ser no verão quando milhares de turistas visitam a cidade. O precário caminho das uvas em Maipú.


Uma das melhores partes do passeio sem dúvida é Mr. Hugo, nome da loja em que alugamos as bicicletas e também de seu dono, um senhor na faixa dos 60 anos que recebe a todos os clientes como se fossem velhos conhecidos. Uma garrafa d´agua e um ¨copo¨ de vinho são oferecidos quando alugamos as bicicletas, e vários na volta. Como todas as víniculas fecham depois das 17h30min no inverno, todo mundo volta para Mr. Hugo e fica por lá, bebendo vinho e esperando o próximo ônibus para Mendoza.

Mr. Hugo
Bikes

http://www.mrhugobikes.com


Só isso?

Fiz esse tipo de turismo de vinho
em Napa Valey, na Califórnia, e comparando, a região que visitei em Mendoza ainda tem muito o que melhorar. As vinículas oferecem pouca variedade de vinho e quase nenhuma explicação sobre a região e o produto do local. Na Califórnia eram oferecidos cerca de 8 vinhos por vinícula, com uma tabela, e conforme os vinhos eram degustados e explicados cada um dava notas sobre o sabor, a cor, o cheiro... Talvez no verão, quando há mais turistas, as opções sejam melhores, infelizmente as que visitamos não foi o esperado. Ainda sim o tempo em Mendoza é sempre muito ensolarado e aproveitamos na medida do possível o que visitamos. As duas fotos são da vinícula Tempus Alba, uma ótima opcão para o fim de tarde.

Vinícula Tempus Alba

http://www.tempusalba.com/


Vinícula Trapiche

http://www.trapiche.com.ar/